Introdução:
As pálpebras são local frequente de nódulos, cistos, “bolinhas”, verrugas, pintas… Existe uma variedade enorme de lesões que acometem esta região, tanto benignas quanto malignas (câncer palpebral), estas últimas sendo as mais preocupantes. A diferenciação destas lesões nem sempre é fácil e muitas vezes somente a biópsia e avaliação pelo patologista darão uma resposta.
É amplamente conhecido que a maior parte das lesões malignas das pálpebras, quando descobertas e tratadas precocemente, têm chances consideravelmente maiores de cura. Diante disso, uma avaliação especializada é extremamente importante para que lesões suspeitas sejam rapidamente detectadas e tratadas.
Neste artigo focaremos nos tumores malignos (câncer palpebral), abordando aspectos importantes sobre os tipos, sintomas, fatores de risco, prevenção e tratamento.
Qual médico trata o câncer palpebral?
Dentre os médicos que têm treinamento na avaliação do câncer palpebral, o Oftalmologista com experiência em Plástica ocular tem papel muito importante por estar habituado em tratar este tipo de lesão, ter maior treinamento em técnicas reconstrutivas da pálpebra, ao mesmo tempo que tem condições de considerar a saúde ocular dentro deste contexto.
Dra. Maria Silvia Burnier é médica Oftalmologista com aperfeiçoamento em Plástica Ocular pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e tem experiência no diagnóstico, acompanhamento e tratamento clínico e cirúrgico de tumores palpebrais. Atende no consultório localizado no bairro Belvedere, na cidade de Belo Horizonte/MG.
A Dra. Maria Silvia Burnier é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) e realizou o seu aperfeiçoamento na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instituição credenciada pela SBCPO.
Qual é o tipo mais frequente de câncer palpebral?
O tipo mais frequente de tumor maligno na pálpebra é o Carcinoma Basocelular, o mesmo tipo que ocorre na pele em outras regiões do corpo em que há exposição solar.
Entre outros tipos de tumores malignos na pálpebra, menos frequentes que o Carcinoma Basocelular, estão: Carcinoma Epidermoide, Carcinoma Sebáceo, Melanoma, Linfoma, Carcinoma de Células de Merkel e Sarcoma de Kaposi.
Quais são os fatores de risco do câncer palpebral?
O principal fator de risco para o desenvolvimento de cânceres de pele em geral, inclusive nas pálpebras, é a exposição solar desprotegida. Em áreas de exposição solar, indivíduos de pele clara são mais propensos ao câncer.
Outros fatores de risco importantes são idade, imunossupressão, radiação ionizante, história prévia de câncer de pele e algumas síndromes genéticas.
Quais são os principais sintomas do câncer palpebral?
- Geralmente, aparece como uma “bolinha” indolor e um pouco endurecida: neste início o paciente pode ter dificuldade de perceber por não causar nenhum sintoma. Por isso, é de extrema importância a consulta regular com o oftalmologista que consegue identificar essa lesão.
- Presença de sangramento na região acometida;
- Perda de cílios na região;
- Surgimento de vasos (telangiectasias);
- Presença de ulcerações;
- Restrição da movimentação dos olhos: nos casos mais severos;
- Cegueira;
- Espalhar para outras estruturas, como órbita e ossos da face e entre outros sinais/sintomas.
Como é diagnosticado o câncer palpebral?
Lesões palpebrais são melhor avaliadas ao exame oftalmológico na lâmpada de fenda, que permite uma avaliação mais detalhada das suas características e possibilidade de malignidade.
Geralmente, frente a uma lesão palpebral com suspeita de malignidade é indicada a biópsia para identificar e confirmar o tipo de tumor por meio de avaliação anatomopatológica, realizada pelo patologista.
Na maioria dos casos, quando o câncer de pele nas pálpebras é diagnosticado e tratado precocemente, possibilita uma boa chance de cura, e raramente ocorrem metástases.
Como é feito o tratamento do câncer palpebral?
O tratamento do câncer palpebral depende do tipo, localização e extensão do tumor.
Em geral, quando detectado precocemente, é realizada a remoção cirúrgica do tumor com fechamento direto da região. Sempre que possível, o objetivo do cirurgião plástico ocular é manter a função e a estética da região acometida pelo tumor. Em casos selecionados, cirurgias mais complexas e técnicas de reconstrução podem ser necessárias.
Pode ser necessária outras abordagens com uma equipe multidisciplinar, seja com hematologia, radioterapia, oncologia.
O acompanhamento com oftalmologista com experiência em plástica ocular é de suma importância para melhor seguimento e orientação sobre o caso.
Como prevenir o câncer palpebral?
Uma vez que o principal fator de risco controlável é a exposição desprotegida a luz solar, a prevenção envolve proteção contra os raios ultravioletas (UV), seja com uso de protetor solar, chapéu (de preferência com filtro UV) , óculos escuros com proteção UV e entre outros.
Merece destaque que nem todo óculos de sol apresenta proteção UV, sendo importante verificar a procedência na hora da compra.
Câncer palpebral e o “Dezembro Laranja”:
Nos últimos anos tem sido amplamente divulgada a campanha do “Dezembro Laranja”, importante trabalho na conscientização da população a respeito do câncer de pele.
A escolha do mês de dezembro é muito importante, visto que entramos na temporada de verão no hemisfério sul, período de intensa exposição solar que coincide com as férias de grande parte da população, que naturalmente terá ainda mais condições de se expor ao sol.
Dentro deste contexto, procuramos salientar a importância do câncer palpebral e divulgar conteúdo de qualidade visando conscientizar principalmente a respeito de fatores de risco, prevenção e diagnóstico precoce.
Fonte:
- https://www.aao.org/education/bcscsnippetdetail.aspx?id=7260b94f-0d66-421c-a768-03641dc488ab
- https://eyewiki.aao.org/Malignant_Melanoma_of_the_Eyelid
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A Dra. Maria Silvia Burnier é médica oftalmologista com experiência em cirurgia plástica ocular e das vias lacrimais. Atende no consultório localizado no bairro Belvedere, na cidade de Belo Horizonte/MG.
Para mais informações, agende sua consulta:
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